Na sexta-feira, dia 09/12/2022, o Fórum Nacional das Associações de Arquivologia do Brasil (FNArq) tornou pública uma carta entregue ao GT de Transição do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em uma reunião realizada em 07/12/2022. Nela, além de relacionar pontos de atenção em relação ao Arquivo Nacional (AN), ao Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e à política nacional de arquivos, ainda indica o nome do Prof. Dr. Paulo Elian para o cargo de Diretor-Geral do AN. Desde então temos recebido manifestações de associados questionando o processo de escolha e se teria tido o apoio de todas as associações membro, como a AAERJ. Vimos então esclarecer que:

  • Na última reunião ordinária do FNArq, realizada em 19/11/2022, em que se discutiu a nova conjuntura política após a eleição presidencial, a representante da Associação de Arquivologia do Estado de Goiás (AAG) defendeu que o FNArq apresentasse ao Gabinete de Transição um nome para o cargo de Diretor do AN e sugeriu o Prof. Dr. Paulo Elian. Como deliberação, foi aprovado que se agendasse uma conversa com ele para confirmar seu interesse e que se buscaria o diálogo com outras entidades, como FEPARQ, ASSAN, Rede Arquifes, ENEA, visando que essa indicação compusesse um consenso da Área.
  • A conversa ocorreu em 23/11/2022 e não foi divulgada a todos os membros do grupo do FNArq. Não ocorreu a adesão do FEPARQ, que engloba o meio acadêmico, nem da ASSAN, que reúne o corpo técnico do órgão, como também não apoiou a Rede Arquifes. Esses optaram por defender uma escolha democrática para o cargo, mas sem personalizar uma indicação. Tal posição foi manifestada quando se reuniram com o Gabinete de Transição.
  • Considerando esse cenário, a AAERJ explanou à Coordenação do FNArq que não apoiaria a indicação, obviamente respeitando a decisão da maioria. Lamentamos ter que informar que não houve transparência e colaboração à carta do FNArq no grupo de WhatsApp, para a manifestação prévia dos membros.

Aproveitamos para parabenizar o Presidente eleito e a Equipe de Transição por realizar, de forma inédita, esse diálogo com a Comunidade Arquivística para mapear os problemas que afligem a Área e ouvir nossas propostas. Considerando que a 1ª Conferência Nacional de Arquivos foi realizada em 2011, também sob um governo petista, temos boas perspectivas para a efetivação de uma nova edição, ampliando ainda mais o diálogo com o governo e o engajamento de todos os profissionais e a sociedade civil. Esperamos poder construir um futuro com melhores condições para os arquivos e os arquivistas.

By AAERJ